O evento foi coordenado pela Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Uberaba, com apoio da Secretaria Municipal de Saúde.
Os objetivos do encontro foram de incentivar que os municípios possam trabalhar ações de violência de maneira mais efetiva e capacitar os servidores para o preenchimento adequado da 'Ficha de Violência' do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
"A ficha de violência do Sinan é de notificação compulsória. Ela é necessária, pois é considerada um instrumento de garantia de direitos. Por meio dela é possível realizar as intervenções necessárias para que se rompa o ciclo de violência que aquela vítima está submetida", explica a referência técnica de Doenças e Agravos não Transmissíveis (Dante's) da SRS, Edinel de Ávila.
Ainda segundo Edinel, entre os vários tipos de violência praticados, como a violência contra o idoso; a negligência; a violência física contra a criança e adolescente; o trabalho infantil e escravo; e a violência psicológica, entre outras, a principal ênfase do encontro foi a violência sexual.
"A violência sexual é muito traumatizante, e em Araxá é importante que a população saiba que a porta de entrada para qualquer vítima desta violência é a Santa Casa de Misericórdia, que está preparada para prestar o atendimento adequado a quem precisar", ressalta.
Para a secretária municipal de Saúde, Cristiane Gonçalves Pereira, o evento foi uma oportunidade para que toda a rede consiga agir de maneira mais efetiva no combate à violência. "Essa integração é muito importante. Não podemos atuar de forma isolada. A saúde precisa saber, por exemplo, o que a assistência social faz, o que educação faz, tudo de maneira geral, como um todo. As áreas têm que saber o papel de cada uma para integrarem e conseguirem maior efetividade nas ações", destaca.
O juiz titular da 2ª Vara da Infância e Juventude de Araxá, Dimas Ramon Esper, ressalta que a violência é um assunto de grande complexidade e que envolve problemas sociais muito graves. "Por isso, exige uma atuação conjunta, onde contamos com o envolvimento dos órgãos municipais, Ministério Público e Poder Judiciário. Primamos pelo fortalecimento da rede para garantirmos esses direitos", pondera.
As atividades também contemplam debates com a Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde e Conselhos de Direito.